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A GREVE DAS IEES E A TENSA SEMANA EM CURITIBA

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A greve das sete universidades está tensionando as esferas do governo do estado. A semana foi de galerias lotadas na ALEP e tentativa de aprovação da mensagem do governo que trata da data base. Uma emenda formulada por deputados da oposição propôs um substitutivo geral concedendo reajuste de 8,17% a todos, retroativo a maio, numa tentativa de recolocar em pauta a reivindicação dos servidores. Na terça-feira, 16, a emenda foi derrubada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) por oito votos a quatro, sob a alegação de inconstitucionalidade, abrindo um período de indefinições. As normas da ALEP permitem a apresentação de recursos em até 72 horas e, considerando que não são realizadas sessões nas quintas e sextas-feiras, a matéria só voltará à discussão na próxima segunda-feira. A pauta especifica das IEES Enquanto caminhavam as discussões na ALEP, na Secretaria de Ciência e Tecnologia (SETI) aconteceram reuniões com os sindicatos dos servidores em greve, o Secretário, João Carlos, e os deputados Romanelli e Turini, representando as bancadas governista e “independente”. A SETI reassumiu o compromisso de: nomear os servidores concursados até julho de 2015; repassar os recursos de custeio “dentro de uma programação entre a SETI, SEFA e reitorias”; iniciar imediatamente os trabalhos do GT para retirada da UENP e UNESPAR do sistema Meta 4; estabelecer mesa de negociação permanente entre a SETI e os sindicatos. Vale lembrar que em março, quando da suspensão da greve, o governo já havia se comprometido com o Sindiprol/Aduel a cumprir os dois últimos itens ate o mês de abril, o que não aconteceu. Questionados sobre a reivindicação de reposição dos 8,17% e o andamento das discussões na ALEP os deputados presentes defenderam que não há possibilidade da emenda ao projeto do governo prosperar devido à sua inconstitucionalidade. Os representantes dos servidores reiteraram que: as assembleias das categorias não aceitaram a proposta do governo; tampouco aceitam a diferenciação de índices entre os servidores dos poderes (Legislativo, Judiciáro, Ministério Público, Tribunal de Contas e Executivo) e; exigem que o governo prove a inviabilidade econômica para o cumprimento da data base. A unidade do movimento Durante as conversações prevaleceu, porém, a falta de unidade do movimento, tão prejudicial num momento de enfrentamento com o governo, gerando duas reuniões com o Secretário e os deputados, ao invés de uma reunião conjunta com todos os sindicatos, o que seria mais apropriado. O Sindiprol/Aduel participou das duas reuniões pois continua defendendo a unidade do movimento. No final da tarde, a SETI divulgou um documento intitulado “Termo de Compromisso”, assinado pelo Secretário, João Carlos, pelo deputado Romanelli, e por um representante da Casa Civil, que propõe, em sete itens, um acordo para por fim a greve das IEES. O Sindiprol/Aduel esclarece que o documento foi redigido unilateralmente pelos que o assinam, que reconhece a importância de que os compromissos verbais sejam formalizados, no entanto, entende que o referido documento não aborda a questão central que gerou o movimento grevista, a reposição das perdas salariais, e mais, inclui itens que impõem pressão sobre os sindicatos (item 5) ou interferência na autonomia universitária (item 6), inaceitáveis. O sindicato esclarece ainda que aguarda a ata da reunião com as questões tratadas.   O Comando de Greve dos Docentes e o sindicato estão encaminhando discussões nos centros de estudos/campi nos próximos dias e convocam todos para assembleia na próxima terça-feira a partir das 08:30 horas, no Auditório Cyro Grossy – CCB (Pinicão) conforme edital a ser divulgado. Serão realizadas assembleias ainda na UENP e UNESPAR-Apucarana em horário a serem ainda definidos.

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