A Assembleia Legislativa do Paraná encerrou seus trabalhos no dia 15 de dezembro de 2011. Como o governo não oficializou a proposta de reajuste dos salários dos docentes das universidades públicas paranaenses, que ainda está engavetada na Secretaria da Fazenda, os deputados não puderam votar pela aprovação do projeto. Isto contraria o que foi dito aos representantes dos sindicatos e reitorias no dia 11 de novembro pelos Secretários de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e de Administração e Previdência.
Na ocasião, propuseram, em nome do governo, a reposição de 31,73%, dividida em três parcelas de 9,62% ao ano, nos próximos três anos (2012, 2013 e 2014), além da correção anual pela inflação acumulada. Desta forma, ao final dos três anos, o piso do professor auxiliar seria igual ao do técnico de nível superior das universidades estaduais. E, se houver mudança do plano de carreira dos funcionários, os docentes também serão beneficiados. Os secretários repassaram que o governador havia se comprometido a oficializar a proposta em dez dias ou, no máximo, até 30 de novembro. Com isto, seria possível enviar o projeto para ser aprovado, ainda este ano, pelos deputados, mesmo que em regime de urgência, e ser aplicado no primeiro trimestre de 2012.
Preparar a luta
A resposta parcial do governador às reivindicações dos docentes foi fruto das mobilizações realizadas nas universidades estaduais paranaenses. O descumprimento deste atendimento parcial, no prazo acordado, deixa os docentes em alerta. A diretoria do Sindiprol/Aduel reafirma a necessidade de intensificarmos as mobilizações em 2012, para exigir a oficialização da proposta do governo e insistir que se atenda integralmente a pauta de reivindicações.
Na assembleia do dia dez de novembro aprovou-se a constituição de um fundo de greve. A diretoria já destinou R$150 mil para uma aplicação específica. O fundo de greve só poderá ser utilizado a partir de deliberação de uma assembleia docente. Na mesma assembleia os professores indicaram que caso o governo não atendesse às reivindicações, seria necessário preparar uma paralisação para o início do ano.
Diante disto, convocaremos uma assembleia em fevereiro, antes que comecem as aulas, para decidir sobre a paralisação das atividades desde o início do ano letivo, caso a proposta não se efetive. O plenário da Assembleia Legislativa volta a se reunir na primeira semana de fevereiro. Os outros sindicatos do estado já estão sendo consultados para que se articule uma mobilização conjunta.