O governo estadual encaminhou para a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) projetos de lei para criar 140 cargos de confiança, aqueles que não precisam de concurso público.
Dois deles já foram aprovados: um que cria 42 cargos comissionados na área de meio ambiente e outro que autoriza a contratação de 36 funcionários para a Paraná Edificações, autarquia da Secretaria de Infraestrutura e Logística que será responsável pela reforma e construção dos prédios públicos do estado. Também foi aprovada a concessão de gratificações de até R$ 2.700,00 para engenheiros e arquitetos.
Nos próximos dias, a proposta que autoriza 62 novos cargos para a Secretaria de Saúde deve ser votada pelos deputados. Com isso, o governo poderá gastar até R$ 16 milhões a mais por ano.
Deputados da oposição questionam como o governo, que anunciou o corte de 20% na folha de pagamento para se ajustar ao orçamento, pretende agora aumentar despesas com a criação de novos cargos. Em agosto deste ano, O Tribunal de Contas (TC) do Estado do Paraná alertou o governo de que os gastos com funcionários estavam perto do limite estabelecido pela Lei da Responsabilidade.
“Uma coisa que não bate uma com a outra. Não bate o discurso dos controles de gastos com a criação de cargos comissionados, que é a maior criação de cargos comissionados que nós estamos tendo nos últimos dois anos”, afirmou o deputado Tadeu Veneri (PT).
O líder do governo, deputado Ademar Traiano (PSDB) diz que os gastos a mais estão previstos no orçamento de 2013 e que a despesa não ultrapassa o teto definido em lei. “Nós temos crescimento da receita do estado, fruto da boa gestão financeira que vem acontecendo e, é lógico, que todos os investimentos que estão acontecendo, o advento da vinda de investidores para o estado também darão retorno a partir do ano que vem”, argumentou Traiano.

