- Por sindiproladuel
- postado em 17 de março 2014
- em Galeria
O jornal Folha de S. Paulo trouxe nesta segunda-feira (17) uma entrevista com os organizadores da reedição da Marcha da Família com Deus pela Liberdade marcada para o próximo sábado (22) em São Paulo, Rio de Janeiro e outras 200 cidades brasileiras. Em uma entrevista gravada em vídeo, os membros da organização justificam a necessidade de uma “intervenção militar provisória”. “Black bloc, rolezinho, MST”, enumera um dos entrevistados. Clique aqui para ler.

O objetivo dessa “intervenção”, segundo um dos entrevistados, seria chegar a um “sociedade esclarecida”.”O que está acontecendo agora é a mesma coisa que aconteceu em 64″, conclui o organizador da Marcha, fazendo referência à primeira passeata com o mesmo título organizada em 19 de março de 1964, programada como uma resposta à “ameaça comunista”. Onze dias depois inaugurou-se um dos períodos mais obscuros e violentos do país, com o golpe militar que depôs o ex-presidente João Goulart.
Essa não foi a primeira manifestação a favor de um golpe militar publicada na imprensa neste ano. No dia 19 de fevereiro, o jornal Estado de S. Paulo publicou na página de opinião um artigo assinado pelo ex-chefe do Estado Maior de Defesa, general Rômulo Pereira, com o título “A árvore boa”. Ele diz que as forças armadas estão preparadas para interromper o governo Dilma. Lê-se no artigo que os militares “se necessário, confrontarão regimes que ideólogos gramscistas queiram impor à sociedade brasileira”.
