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Governo quer lucrar às custas do funcionalismo

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O Sindiprol/Aduel participou na manhã da última terça-feira (7) em Curitiba da manifestação contra o parcelamento da reposição anual da inflação junto com entidades sindicais do estado. O índice de reposição é baseado no IPCA, que ficou em 6,49% no acumulado do ano.

Antes da passeata, que começou no Palácio Iguaçu, os representantes dos sindicatos presentes participaram de uma reunião com a titular da Secretaria de Estado de Administração e Previdência (SEAP), Dinorah Portugal Nogara, que reforçou a proposta de fragmentar o reajuste de 6,49% em duas parcelas a serem pagas nos meses de maio e junho. A secretária disse que fará o anúncio oficial na semana que vem.

Servidores saíram em passeata do Palácio Iguaçu na última terça-feira (7) em protesto contra a proposta de parcelamento do reajuste anual da inflação (crédito da imagem: SindSEAB)
Durante a reunião, os sindicatos rebateram a já desgastada desculpa esfarrapada do governo para subtrair salário dos servidores: a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). O fato é que a LRF não impede a revisão geral anual, mesmo depois de ultrapassado o limite prudencial de 46,55% de gastos com folha de pagamento em relação à receita corrente líquida.

Supondo que a proposta seja concretizada com um reajuste de 3,2% em cada mês, o governo economizaria no mês de maio 3,2% dos R$ 850 milhões correspondentes ao custo mensal da folha de pagamento do Paraná. Ou seja, o executivo embolsaria R$ 30 milhões.

Além disso, ao fragmentar o reajuste, o governo abriria um precedente perigoso, que pode estender o parcelamento da reposição anual aos próximos anos e ameaçar ainda o segundo reajuste de 7,14% em outubro, referente à reposição arrancada do governo em 2012.

Por isso o Sindiprol/Aduel considera a proposta um roubo; uma tentativa do governo de lucrar às custas do funcionalismo público estadual.

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