Assembleia aceita equiparação salarial em quatro parcelas anuais de 7,14%
Assembleia aceita equiparação salarial em quatro parcelas anuais de 7,14%
- Por sindiproladuel
- postado em 22 de março 2012
- em Boletins
A assembleia começou nesta quinta-feira às 9h e contou com a presença de mais de 60 docentes, que aprovaram a equiparação do piso salarial da categoria com o dos técnicos das Instituições de Ensino Superior (IES) do Paraná que têm ensino superior completo. O reajuste será feito em quatro parcelas anuais de 7,14% a partir de outubro deste ano. A outra proposta do governo – a de dividir o reajuste em cinco parcelas anuais de 5,66% começando em julho deste ano -foi rejeitada por unanimidade. A defasagem total em relação ao salário atual dos técnicos é de 31,73%.
Mesmo aceitando a proposta, a categoria decidiu permanecer mobilizada e indicou prazo até 30 de abril para que o governo encaminhe à Assembleia Legislativa o projeto do reajuste. Os docentes não descartaram a possibilidade de greve por tempo indeterminado caso o governo não cumpra sua palavra. Também foi estabelecido prazo até 30 de maio para retomar a negociação dos demais itens da pauta de reivindicações.
A assembleia também entendeu a importância da unidade no movimento docente paranaense e autorizou a diretoria do Sindiprol/Aduel a se reunir com outras entidades sindicais do estado para propor a redação de um documento único que expresse o descontentamento da categoria com os ataques do governo à qualidade do ensino superior e à autonomia universitária.
Histórico
Em novembro do ano passado, os secretários de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Alípio Leal, e de Administração e Previdência, Luiz Sebastiani, em nome do governador, prometeram encaminhar ainda em 2011 à Assembleia Legislativa o projeto para conceder um reajuste de 31,73%, dividido em três parcelas de 9,62% ao ano, além da correção anual pela inflação acumulada.
Mas em fevereiro deste ano o Secretário Alípio Leal anunciou que o processo de equiparação salarial estava encerrado, pois o governo não teria como arcar com os custos do aumento. A falta de palavra do governo gerou indignação dos docentes em todas as IES e desencadeou o movimento estadual que culminou com a paralisação do dia 7 de março, que fez com que o governo voltasse atrás e mantivesse a proposta de equiparação salarial. 