Assembleia define novo indicativo de greve para 3 de setembro
- Por sindiproladuel
- postado em 16 de agosto 2012
- em Boletins
Cerca de 170 professores participaram da assembleia desta quarta-feira no campus da UEL. Eles decidiram definir o dia 3 de setembro como a data de inicio da greve por tempo indeterminado, caso o projeto de equiparação do salário base dos docentes com o dos técnico-administrativos de nível superior enviado à Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) não tramite em regime de urgência.
A assembleia entendeu que o fato de o projeto ter sido enviado à Alep não é garantia de que a primeira parcela anual do reajuste de 31,73% será concedida, pois o governo não determinou regime de urgência para sua tramitação e divulgou por meio da imprensa que estaria impedido de conceder reajustes devido às restrições da lei de Responsabilidade Fiscal.
A assembleia docente também avaliou que o governo só enviou o projeto de lei devido à pressão dos professores de Estado que nesta quinta-feira, dia 16 de agosto, paralisaram todas as universidades e ameaçam iniciar logo uma greve por tempo indeterminado. Por esse motivo, decidiram manter a pressão e a mobilização enquanto há tempo de arrancar do governo e da Assembleia Legislativa a aprovação e divulgação da equiparação.
Antes do dia 3 de setembro, o Sindiprol/Aduel convocará nova assembleia para avaliar a evolução da tramitação e o quadro estadual de mobilização.
Os professores da UENP, que também compõe a base do Sindiprol/Aduel, realizam assembleia agora à tarde para definir se vão aderir ao indicativo de greve para o dia 3 de setembro.
Histórico
Em novembro do ano passado, os secretários de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Alípio Leal, e de Administração e Previdência, Luiz Sebastiani, em nome do governador, prometeram encaminhar ainda em 2011 à Assembleia Legislativa o projeto para conceder um reajuste de 31,73%, dividido em três parcelas de 9,62% ao ano, além da correção anual pela inflação acumulada.
Mas em fevereiro deste ano o Secretário Alípio Leal anunciou que o processo de equiparação salarial estava encerrado, pois o governo não teria como arcar com os custos do aumento. A falta de palavra do governo gerou indignação dos docentes em todas as IES e desencadeou o movimento estadual que culminou com a paralisação do dia 7 de março, que fez com que o governo voltasse atrás e mantivesse a proposta de equiparação salarial.
No final de março o governo se reuniu com as entidades sindicais docentes do Paraná e se comprometeu a enviar à Assembleia Legislativa o projeto de lei que estabelece a equiparação salarial em quatro parcelas anuais de 7,14%. Depois de pressionado pela aprovação de indicativo de greve e pela paralisação do dia 16 de agosto, o governo enviou o projeto para a assembleia, mas ainda não deu garantias de que a aprovação pelos deputados e a publicação no Diário Oficial acontecerá a tempo para que a primeira parcela do reajuste seja paga no mês de outubro.