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Sindicato defende criação da Comissão da Verdade na UEL

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No momento atual, em que se veem manifestações públicas reivin­dicando a volta do regime militar, é mais urgente ainda que nossa Uni­versidade enfrente esse passado ten­ebroso (foto: Fernando Zamora/Futura Press)
No momento atual, em que se veem manifestações públicas reivin­dicando a volta do regime militar, é mais urgente ainda que nossa Uni­versidade enfrente esse passado ten­ebroso (foto: Fernando Zamora/Futura Press)

A Comissão Estadual da Verdade do Paraná – Tere­sa Urban, criada pelo gov­erno do Estado do Paraná, sugeriu à UEL a criação de uma comissão da verdade depois das audiências re­alizadas em Londrina nas quais se constataram violações de direitos humanos ocorridas no âmbito da UEL durante a Ditadura Militar – veja o oficio no fim do texto. Nesta sexta-feira (7), o Conselho Universitário da UEL deve apreciar a criação des­sa Comissão. 

Durante a ditadura, o Sindiprol e a Aduel, entidades que deram ori­gem ao Sindiprol/Aduel, empun­haram não apenas bandeiras corpo­rativas, mas foram protagonistas do movimento pela democratização do país e da Universidade.

Hoje defendemos a constituição desta comissão para reparar os in­úmeros casos de violação dos direi­tos humanos cometidos no âmbito da UEL contra docentes, estudantes e servidores técnico-administrati­vos.
Diversas universidades do país já instalaram comissões semelhantes e já estão propondo medidas concre­tas de reparação dos direitos viola­dos.

AESI vigiava docentes

Durante a ditadura, funcionava no interior da UEL a Assessoria Es­pecial de Segurança Interna (AESI), órgão diretamente ligado aos re­itores cuja função era espionar a co­munidade universitária e denunciar aos órgãos de segurança estaduais e federais a atividade de supostos opositores à ditadura.

Consta do Arquivo Público do Paraná farta documentação produ­zida pela AESI, que não se limitou a vigiar a comunidade interna, mas acompanhou a atividade política da oposição ao regime na cidade e na região. Até o presente momento, no âmbito da Universidade, nunca foi completamente esclarecida a re­sponsabilidade e alcance da ação re­pressiva desse órgão.

Fantasma da ditadura

No momento atual, em que se veem manifestações públicas reivin­dicando a volta do regime militar, é mais urgente ainda que nossa Uni­versidade enfrente esse passado ten­ebroso, reafirme concretamente seu compromisso com a manutenção do regime democrático e avance na consolidação de relações democráti­cas e republicanas como princípios de sua organização autônoma.

Leia o ofício enviado pela Comissão Estadual da Verdade à UEL:

 

oficio

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