- Por sindiproladuel
- postado em 7 de novembro 2014
- em Destaque
A Comissão Estadual da Verdade do Paraná – Teresa Urban, criada pelo governo do Estado do Paraná, sugeriu à UEL a criação de uma comissão da verdade depois das audiências realizadas em Londrina nas quais se constataram violações de direitos humanos ocorridas no âmbito da UEL durante a Ditadura Militar – veja o oficio no fim do texto. Nesta sexta-feira (7), o Conselho Universitário da UEL deve apreciar a criação dessa Comissão.
Durante a ditadura, o Sindiprol e a Aduel, entidades que deram origem ao Sindiprol/Aduel, empunharam não apenas bandeiras corporativas, mas foram protagonistas do movimento pela democratização do país e da Universidade.
Hoje defendemos a constituição desta comissão para reparar os inúmeros casos de violação dos direitos humanos cometidos no âmbito da UEL contra docentes, estudantes e servidores técnico-administrativos.
Diversas universidades do país já instalaram comissões semelhantes e já estão propondo medidas concretas de reparação dos direitos violados.
AESI vigiava docentes
Durante a ditadura, funcionava no interior da UEL a Assessoria Especial de Segurança Interna (AESI), órgão diretamente ligado aos reitores cuja função era espionar a comunidade universitária e denunciar aos órgãos de segurança estaduais e federais a atividade de supostos opositores à ditadura.
Consta do Arquivo Público do Paraná farta documentação produzida pela AESI, que não se limitou a vigiar a comunidade interna, mas acompanhou a atividade política da oposição ao regime na cidade e na região. Até o presente momento, no âmbito da Universidade, nunca foi completamente esclarecida a responsabilidade e alcance da ação repressiva desse órgão.
Fantasma da ditadura
No momento atual, em que se veem manifestações públicas reivindicando a volta do regime militar, é mais urgente ainda que nossa Universidade enfrente esse passado tenebroso, reafirme concretamente seu compromisso com a manutenção do regime democrático e avance na consolidação de relações democráticas e republicanas como princípios de sua organização autônoma.
Leia o ofício enviado pela Comissão Estadual da Verdade à UEL: