2 de Maio: Dia Nacional de Combate ao Assédio Moral

Neste dois de maio, é celebrado no Brasil o Dia Nacional de Combate ao Assédio Moral, uma data voltada à conscientização sobre o tema, ao incentivo à denúncia e à promoção de medidas preventivas por parte de empregadores e outras instituições, contando com o apoio ativo dos sindicatos.

A criação da data foi impulsionada por movimentos sindicais, entidades de defesa dos direitos dos trabalhadores e especialistas em saúde do trabalho preocupados com os impactos profundos do assédio moral na saúde física e mental das vítimas, bem como com suas implicações jurídicas e sociais. Os sindicatos têm papel central nesse enfrentamento, atuando como espaços de acolhimento, denúncia e mobilização coletiva.

Durante o 43º Congresso do Andes-SN, realizado entre os dias 27 e 31 de janeiro de 2025, em Vitória (ES), foi lançada a nova edição da cartilha “Combatendo os assédios moral, sexual e outras violências”. A publicação, elaborada pelo Grupo de Trabalho de Políticas de Classe para as Questões Étnico-raciais, de Gênero e Diversidade Sexual (GTPCEGDS), resulta de um amplo estudo sobre as diversas formas de assédio no ambiente universitário, com o objetivo de orientar docentes, técnicas/os e estudantes sobre como identificar e enfrentar essas práticas abusivas.

A cartilha apresenta os diferentes tipos de assédio existentes no ambiente de trabalho, com destaque para as distinções entre assédio moral e sexual, além de abordar discriminações que podem gerar agressões ou microagressões de natureza física ou psicológica. Ao trazer essas reflexões, reafirma-se a importância da organização sindical na promoção de ambientes de trabalho mais saudáveis, seguros e livres de violência.

Confira aqui a nova cartilha “Combatendo os assédios moral, sexual e outras violências” do Andes-SN.

1º de maio: Dia da Classe Trabalhadora!

No dia 1º de Maio, celebramos o Dia Internacional da Trabalhadora e do Trabalhador – uma data marcada pela união das trabalhadoras e dos trabalhadores, pelo compromisso com a luta coletiva e pela valorização de sua importância histórica e social.

Mais do que um dia de comemoração, o 1º de Maio é um dia de luta, dia de relembrar todas e todos que lutaram e lutam pelos nossos direitos e contra a exploração e a opressão do capital e de seus aparelhos políticos repressivos.

Graças à luta constante e corajosa da classe trabalhadora, muitos avanços foram conquistados desde então, mas ainda há um “céu a tomar de assalto”. É necessário fortalecer a nossa base, a nossa consciência de classe, a nossa luta.

Hoje, em nosso país, são centrais para os trabalhadores as lutas pelo fim da escala 6X1 e pela redução da jornada de trabalho, que é uma das mais altas do mundo. No nosso contexto, seguimos na luta pelo direito à recomposição salarial, valorização do trabalho docente e defesa da educação e dos serviços públicos.

O governo de Ratinho Jr. continua a recusar nossas demandas e direitos, adotando medidas que visam enfraquecer nossa organização e resistência. É por isso que seguimos firmes: nossa mobilização precisa ser permanente e cada conquista deve ser celebrada.

Neste 1º de Maio, parabenizamos todas as trabalhadoras e todos os trabalhadores.

Em resposta, mantemos nossa mobilização contínua e celebramos cada conquista com determinação. Neste 1º de Maio, estendemos nossas felicitações a todas as trabalhadoras e trabalhadores.

Seguimos juntos, sempre na luta!

Data-base já!!

29/04 – Dia de manifestação pela data-base e de reunião com deputados para apresentar as demandas do funcionalismo público estadual

Ontem, 29/04, foi um dia de paralisação e mobilização das atividades nas universidades, escolas e outros órgãos do estado do Paraná. Centenas de manifestantes estiveram nas ruas de Curitiba numa grande manifestação pela data-base e em memória do Massacre do Centro Cívico, ocorrido em 2015.  

Como resultado dessa mobilização, ontem também ocorreu, às 14h30, uma reunião da Coordenação do Fórum das Entidades Sindicais (FES) com os deputados estaduais Alexandre Cury (presidente da Alep), Hussein Bakri (líder do governo na Alep) e Prof. Lemos (oposição) para tratar das principais demandas do funcionalismo público. 

Inicialmente, foi exposto o histórico da defasagem salarial, ressaltando que esta decorre de anos sem reposição das perdas inflacionárias, bem como a situação precária dos aposentados sem paridade salarial. Em sequência, foram apresentadas as seguintes reivindicações prioritárias: 

– Correção salarial de 47% (defasagem acumulada desde o governo Beto Richa); 

– Isenção do desconto da alíquota previdenciária dos aposentados até o teto do INSS; 

Os parlamentares presentes reconheceram a gravidade da situação e a importância das demandas, porém, os deputados Bakri e Cury informaram que o governo não reconhece os 47% em razão das reestruturações de carreira realizadas nos anos anteriores, pois considera que algumas carreiras tiveram elevado incremento salarial.  

Obviamente, salientamos que esse não é o caso da imensa maioria das nossas categorias, que, em geral, amargam 47% de defasagem – em especial os aposentados sem paridade, que não tiveram nenhum tipo de reposição com as reestruturações de carreira e, como os outros, nem auxílio de qualquer natureza.  

De qualquer modo, os deputados se comprometeram a se reunir com a Secretaria da Fazenda (Sefa) e a Casa Civil na próxima segunda-feira (05/05) para obter um posicionamento oficial do governo sobre: 

– A data-base referente ao período de maio/24 a abril/25; 

– A isenção de desconto previdenciário para aposentados até o teto do INSS; 

– Abertura de uma mesa permanente de negociação entre o governo e os sindicatos, visando diálogo transparente e contínuo. 

– O Projeto de Lei que trata da regulamentação dos agentes de apoio escolar; 

Por fim, o deputado Prof. Lemos se responsabilizou por repassar as informações dessa reunião ao FES para divulgação junto às categorias do funcionalismo estadual.  

Seguimos firmes na mobilização e na luta!  Acompanhe nossas redes sociais e boletins para mais atualizações sobre as ações em defesa das nossas condições de trabalho, recomposição salarial e defesa das universidades públicas estaduais.

Baixe a nota em pdf aqui.

TODOS À LUTA EM CURITIBA: grande ato no dia 29 de abril

Chamado às e aos docentes da UEL!

No dia 29 de abril, próxima terça-feira, haverá uma grande manifestação em Curitiba. A mobilização tem dois objetivos centrais e urgentes: exigir o pagamento imediato da Data-Base, um direito sistematicamente negado pelo governo Ratinho Jr.; e manter viva a memória do Massacre de 2015, quando funcionários públicos estaduais foram violentamente reprimidos pelo Estado em uma tentativa brutal de silenciar a luta por direitos.

Vamos juntas e juntos às ruas! Em defesa do serviço público, da universidade pública e da dignidade de quem a constrói todos os dias!

Interessados, preencher o formulário: https://docs.google.com/forms/d/1swtcnAtWXg8e-3bAq5fubjBE6qruUbpWIQoRq8HctzU/edit

Não vamos nos calar! 29 de abril é dia de luta!

Assembleia docente da UEL aprova paralisação no dia 29 de abril

Em assembleia realizada na tarde desta quarta-feira (23), no Anfiteatro do Cesa (Centro de Estudos Sociais Aplicados), as e os docentes da UEL deliberaram pela paralisação das atividades no dia 29 de abril.

Essa mobilização tem dois objetivos centrais e urgentes: exigir o pagamento imediato da Data-Base (a nossa defasagem é de 47%), um direito sistematicamente negado pelo governo Ratinho Jr., em total desrespeito ao funcionalismo público; e manter viva a memória do Massacre de 2015, quando funcionários públicos estaduais foram violentamente reprimidos pelo Estado em uma tentativa brutal de silenciar a luta por direitos.

Foi deliberada também a ida para Curitiba no dia 29. Servidoras e servidores públicos de todo o Paraná realizarão uma grande manifestação na capital. O Sindiprol/Aduel disponibilizará um ônibus para a ida ao ato. Confira mais informações abaixo.

Sendo assim, os encaminhamentos aprovados foram:

  • Paralisação dia 29 de abril em defesa da Data-Base e para marcar os dez anos do Massacre de 29 de abril no Centro Cívico;
  • Disponibilização de ônibus para ida a Curitiba no dia 29 de abril;
  • Panfletagem e exposição de vídeo do Massacre pelos centros de estudos da UEL durante os dias 24, 25 e 28 de abril.

Manifestação em Curitiba

O Sindiprol/Aduel convoca todas as e todos os docentes da UEL para participar da manifestação em defesa do pagamento da Data-Base e para marcar os dez anos do Massacre de 2015. A organização da atividade é do Fórum das Entidades Sindicais (FES).

Interessados em participar do ato, podem preencher o formulário a seguir: https://docs.google.com/forms/d/1swtcnAtWXg8e-3bAq5fubjBE6qruUbpWIQoRq8HctzU/edit

Campanha salarial

No dia 10 de abril, o FES se reuniu pela manhã com a Secretaria de Administração e Previdência (Seap) e, à tarde, discutiu os próximos passos da mobilização pela Data-Base. Apesar do pedido do FES, a reunião contou apenas com a presença de diretoras da secretaria e, por um curto período, do secretário Luiz Goulart. Nenhum representante da Secretaria da Fazenda, do Planejamento ou da Casa Civil compareceu.

Durante o encontro, o secretário limitou-se a afirmar que não há definição política sobre a Data-Base e que o governo não possui qualquer proposta no momento. Essa postura evidencia o total descompromisso em enfrentar a defasagem salarial das e dos servidores e gerou ainda mais indignação entre as categorias. Na avaliação do FES, todas as entidades presentes expressaram revolta diante da ausência de propostas concretas e da omissão do governo.

Confira a nota do Comando Sindical Docente (CSD) sobre as reuniões: https://sindiproladuel.org.br/download/csd-sem-perspectiva-de-negociacao-acerca-da-data-base/

Reunião com docentes com contrato temporário

No dia 2 de abril, o Sindiprol/Aduel realizou uma reunião com os docentes com contrato temporário. O encontro foi organizado a partir dos itens apontados como centrais na defesa dos direitos dos docentes com contrato temporário e da luta por isonomia entre docentes estatutários e os que estão no regime especial (Cres). Como encaminhamento, foi agendada uma reunião com a reitoria para o dia 8 de maio, às 10h.

Para outras demandas, foi criado um formulário que pode ser acessado a seguir: https://forms.gle/GkDz2eYgGhuzJSEH9

Confira o relato completo da reunião com as e os docentes com contrato temporário: https://sindiproladuel.org.br/download/relato-da-reuniao-com-docentes-com-contratos-temporarios-04-04-2025/

Julgamento da ação da Data-Base

No dia 8 de abril, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), formada pelos ministros Edson Fachin, Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Nunes Marques e André Mendonça, acatou o recurso do governo do Paraná contra o pagamento da Data-Base de 2017.

Com exceção do ministro Edson Fachin, que votou a favor das e dos servidores, os demais ministros votaram pela anulação da decisão do Pleno do Supremo Tribunal de Justiça do Paraná (STJ-PR), que havia reconhecido, de forma unânime, a legalidade do acordo e da lei resultantes da greve de 2015.

Confira a nota do CSD sobre o julgamento: https://sindiproladuel.org.br/download/csd-stf-promove-injustica-contra-o-funcionalismo-publico-do-pr/

Eleição do Andes-SN

Nos dias 7 e 8 de maio de 2025, ocorre a eleição da nova diretoria do Andes-SN para o biênio 2025/2027. Em Londrina, o Sindiprol/Aduel disponibilizará urnas no Centro de Ciências da Saúde (CCS) e no Centro de Vivência (CV).

Conheça as chapas inscritas: https://www.andes.org.br/conteudos/noticia/eleicao-aNDES-sN-2025-4-chapas-apresentam-pre-candidaturas-no-43o-congresso1

Nova diretoria do Sindiprol/Aduel toma posse

As membras e os membros da chapa “Mobilizar e Intensificar a Luta”, eleita em fevereiro desse ano, tomaram posse da diretoria do Sindiprol/Aduel em cerimônia realizada na tarde desta terça-feira (15). O mandato dessa diretoria corresponderá aos anos 2025-2027.

A seção sindical agora é presidida pela professora de departamento de Serviço Social do Cesa (Centro de Estudos Sociais Aplicados) da UEL, Lorena Ferreira Portes. Como vice-presidenta, contamos com Fernanda de Freitas Mendonça. Sendo assim, a primeira diretoria do Sindiprol/Aduel com mulheres na presidência e na vice-presidência. Leia abaixo a lista completa das diretoras e dos diretores da seção sindical.

A chapa Mobilizar e Intensificar a Luta foi construída com base em um programa que prioriza a mobilização sindical e a articulação política como caminhos fundamentais para enfrentar o arrocho salarial, a precarização do trabalho docente, o desmonte das universidades públicas estaduais e os ataques à autonomia universitária. Seu compromisso central é com a valorização da carreira docente, a defesa intransigente da universidade pública e gratuita, e o fortalecimento da unidade entre trabalhadoras e trabalhadores da educação.

Composição da diretoria:

Comissão Executiva 

Presidenta: Lorena Ferreira Portes

Vice-Presidenta: Fernanda de Freitas Mendonça 

1º Secretário: Fernando Pereira Cândido

2ª Secretária: Carmen Sílvia Righetti Nóbile

1º Tesoureiro: Carlos Eduardo Caldarelli

 2º Tesoureiro: Viníicius Antonio Hiroaki Sato 

Diretor de Comunicação: Ronaldo Fabiano dos Santos Gaspar

Suplentes 

1º Suplente: Eliel Ribeiro Machado

2º Suplente: Fábio Alves Silveira

3º Suplente: Jairo Queiroz Pacheco

4º Suplente: Pedro Roberto Ferreira

5º Suplente: Thiago Pelegrini

6º Suplente: Eduardo Henrique Lopes Figueiredo

Conselho Fiscal  

1º Conselheiro: André Lopes Ferreira

2º Conselheiro: César Bessa

3º Conselheiro: Renato Lima Barbosa

STF agenda julgamento da ação da data-base para o dia 8, terça-feira

O STF incluiu na pauta da próxima terça-feira, 8 de abril, a continuidade do julgamento da Ação de data-base de 2017. O julgamento está sendo conduzido pela Segunda Turma, composta pelos ministros Edson Fachin, Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Nunes Marques e André Mendonça.

Na primeira fase do julgamento, realizada em 12 de novembro de 2024, diversos advogados se manifestaram, e a categoria docente teve uma defesa importante feita por um advogado do ANDES-SN.

O relator da ação, ministro Edson Fachin, proferiu seu voto em defesa dos servidores. Já o ministro Gilmar Mendes, em seu voto, se posicionou contra. Em seguida, o ministro André Mendonça pediu vistas do processo. Com isso, o placar está em 1×1, e ainda faltam três votos.

Embora tenhamos conquistado decisões favoráveis aos servidores em todas as instâncias anteriores ao STF, as relações políticas e as posições ideológicas dos ministros que ainda votarão geram expectativas pouco otimistas. Portanto, nossa tarefa coletiva continua sendo a discussão crítica e a mobilização em defesa do direito à reposição salarial.

Para acompanhar, acesse o link https://www.youtube.com/@STF_oficial e assista ao vivo.

Relato da reunião com docentes com contrato temporário

Confira o relato:

A reunião foi organizada a partir dos itens apontados como centrais na defesa dos direitos dos docentes com contrato temporário e da luta por isonomia entre docentes estatutários e os que estão no regime especial (Cres).

1. Carga horária

    A diretoria apontou que, nos últimos três anos, vem realizando um trabalho político com os departamentos/chefias e com a administração para expor a situação irregular relativa à distribuição da carga horária dos docentes com contrato temporário.

    Como subsídio para expor a situação de desrespeito ao que é estipulado contratualmente, a diretoria realizou uma pesquisa que envolveu 173 docentes com contrato temporário em 2023. A pesquisa apontou sobrecarga em relação à carga horária prevista no contrato de 20h, ocorrendo situações que a ou o docente ministrava aula sem considerar a carga horária para planejamento e preparação das atividades; participação em projetos sem contabilização na sua carga horária.

    Apesar da intervenção sindical, que contribuiu com a correção de algumas disparidades e sobrecarga, os problemas se repetem em alguns departamentos em 2024 e 2025, com relatos de extrapolação de carga horária, de número excessivo de ementas (5, 6), com a falta de diálogo com os docentes com contrato temporário para a composição de sua carga horária, dentre outros.

    Durante a reunião, apontou-se a necessidade de uma regulação institucional para direcionar a distribuição da carga horária dos docentes com contrato temporário e, assim, inibir abusos e disparidades entre os centros e departamentos, tendo como princípio orientador a busca pela isonomia entre os docentes concursados e Cres.

    Outra proposta foi realizar um levantamento entre os departamentos sobre a carga horária dos docentes com contrato temporário: qual tem sido a carga horária semanal atribuída para aulas? 

    2. Férias compulsórias no recesso

    Foi retomada a reunião realizada com a reitoria no dia 13/12/2024, que teve como ponto a questão das férias compulsórias para os docentes com contrato temporário. Nesta reunião, a administração se comprometeu em retomar o debate e pensar em alterações para o ano letivo de 2025, especialmente propondo a revogação da Ordem de Serviço que trata do assunto. Importante lembrar que somente na UEL há regulamentação que obrigada os docentes com contrato de trabalho a saírem em férias de 15 dias no período de recesso.

    As e os docentes presentes na reunião reafirmam a importância de exigir essa mudança, tomando por princípio político a isonomia entre os docentes.

    3. FGTS

    Tomando por referência o parecer jurídico elaborado pela assessoria jurídica do Sindiprol/Aduel em 29 de janeiro de 2024, foram apresentadas as situações consideradas irregulares que possibilitariam uma ação judicial para reivindicar o direito ao FGTS. Porém, como isso ocorre apenas em situações muito específicas, foi disponibilizado o e-mail assuntosjuridicos@sindiprol.org.br para que, caso algum docente tenha interesse em judicializar, entre em contrato com os assessores jurídicos.

    4. Progressão pela Titulação

    Os docentes recuperaram a demanda que já foi apresentada à reitoria sobre o não recebimento de salário de acordo com a sua titulação. A resposta institucional se ancora no que está estipulado no contrato por tempo determinado: “A alteração na qualificação pessoal da contratada no decorrer do contrato não implicará direito de promoção ou ascensão funcional e remuneratória”. Com base em tal cláusula contratual, a UEL tem negado solicitações de docente sob vínculo de Cres que solicitam a adequação dos padrões remuneratórios à titulação superior obtida ao longo do contrato por tempo determinado. 

    Embora a Lei Complementar n. 108/2005 seja omissa quanto ao tema em questão, não proíbe nem assegura ao trabalhador sob vínculo de Cres o pagamento de vencimentos iguais aos servidores com iguais ou semelhantes funções. Sendo assim, a alteração da cláusula contratual, promovendo a imediata revisão do seu entendimento para promover aditivos aos contratos estabelecidos com os docentes sob Cres e realizar adequação de seus padrões remuneratórios às respectivas titulações superiores obtidas, é uma deliberação política da administração. Não há impeditivo legal.

    Docentes pontuaram que, nessa revisão contratual, é fundamental que esteja presente nos editais a previsão para essa adequação em relação à progressão pela titulação.

    5. Outras formas de abuso/assédio

    Foram relatadas situações em que o abuso não se restringe à sobrecarga em relação à carga horária em sala de aula, mas que atravessa a própria condição de trabalho dos docentes com contrato temporário:

    1. A instabilidade e falta de direitos trabalhistas que geram impactos em várias dimensões da vida social;
    2. Docente com contrato temporário que está fazendo doutorado é chamado para dar aulas (graduação e pós-graduação) para desonerar docente concursado;
    3. A presença da cláusula antigreve ainda presente nos contratos;
    4. Em alguns casos, por meio de alteração da natureza da vaga, chamamento dos aprovados nos testes seletivos sem que se siga a ordem de aprovação em cada edital, exorbitando assim o poder discricionário da ou do chefe de departamento;
    5. Exigência por parte da chefia de cumprimento do horário (fechado) da carga horária na Universidade – ou seja, obrigando a ou o docente a ficar no local de trabalho nas suas horas destinadas à preparação de aula –, em flagrante ação discriminatória em relação aos concursados, que não são obrigados ao cumprimento desse horário na universidade;
    6. Decisão da PRORH em finalizar o contrato em 06/01 e só recontratar quando do recomeço das aulas do ano letivo, criando um vácuo contratual e salarial em prejuízo das e dos docentes;
    7. Não liberação da ou do docente para participação em eventos caso não seja para apresentação de trabalho como primeiro autor.

    Encaminhamentos

    • Socializar o formulário criado pela diretoria para levantar situações irregulares e de assédio no trabalho dos docentes com contrato temporário (disponível pelo link: https://forms.gle/GkDz2eYgGhuzJSEH9);
    • Levantar nos departamentos (quando se tem um contato mais próximo) como está a distribuição e composição da carga horária dos docentes com contrato temporário;
    • Solicitar uma reunião com a reitoria para cobrar o que foi encaminhado na reunião do dia 13/12/24 (mudança sobre as férias compulsórias no recesso) e pautar outras demandas e reinvindicações apontadas na reunião do dia 02/02/25;
    • Foram indicados quatro docentes com contrato temporário para serem representantes na reunião com a reitoria.

    Baixe o relato em pdf aqui.