Em assembleia realizada na tarde desta quinta-feira (15/06), as e os docentes da UEL deliberaram pela suspensão da greve da categoria a partir de segunda-feira (19/06). Mesmo com o retorno ao trabalho na segunda, é importante lembrar que as aulas na graduação ainda dependem do calendário acadêmico, que é de responsabilidade da administração da UEL.
Suspensão significa que uma nova assembleia docente pode ser convocada a qualquer momento para deliberar sobre uma nova paralisação. Portanto, a greve foi suspensa, não foi encerrada. Por isso mesmo, a luta continua!
Após as deliberações de Unioeste, UEM, UEPG e Unicentro, que suspenderam a greve na segunda (12/06), a recomendação dos Comandos de Greve da UEL, da Uenp e da Unespar para as assembleias das bases de cada universidade, todas nesta quinta, foi pela suspensão do movimento neste momento.
A indicação foi levada após a avaliação de que a greve, deflagrada como estratégia para pressionar o governo pela reposição salarial, precisa de um recuo tático para recomposição de forças, bem como para recuperar o alinhamento com as outras seções sindicais de modo a fortalecer a pressão sobre o governo para que ele efetive o compromisso público de envio do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para aprovação. Se for mantida a minuta original, ele poderá amenizar as perdas salariais em torno de 14,5%.
Destacamos que não foi somente o governo que assumiu o compromisso, por meio do secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), Aldo Bona, e do chefe da Casa Civil, João Carlos Ortega, mas também os reitores das sete universidades estaduais (Apiesp), o líder do governo Ratinho Jr., Hussein Bakri, e deputados da Assembleia Legislativa do estado (Alep).
Também foi aprovado um plano de luta com nove pontos pela reposição salarial e em defesa da universidade pública e de melhores condições de trabalho.
Plano de lutas
- Estado de assembleia permanente da categoria na UEL;
- Retomada da greve conforme avaliação dos Comandos estadual e local junto às suas bases;
- Continuar a pressão sobre o governo para a obtenção de informações sobre o trâmite do PCCS;
- Carta aos estudantes e reuniões do Comando de Greve local para tratar da greve (motivos, condições, possibilidades etc.);
- Luta pela abertura de concurso para docentes e agentes;
- Manutenção da luta pelo tratamento isonômico dos docentes com contratos temporários;
- Conforme avaliação dos Comandos, paralisações pontuais articuladas com as demais IEES;
- Fomento a uma ampla discussão sobre a nossa universidade e sobre a universidade pública como instituição – condições de sustentação, fins etc;
- Discussões sobre a Lei Geral das Universidades (LGU) e seus impactos sobre a autonomia universitária e as condições de trabalho.
Ratinho Jr., pague o que nos deve!
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Reposição salarial integral já!
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