Nota sobre a suspensão do programa Aroeira da Rádio UEL FM durante o período eleitoral
Com o início do período eleitoral, que vai de julho até o final das eleições de 2022, a Secretaria de Comunicação Social e da Cultura do Paraná divulgou uma cartilha com instruções e procedimentos para a adequação da comunicação estadual ao momento. Diante disso, a UEL decidiu não só por ocultar conteúdos publicados no portal O Perobal, na antiga Agência UEL de Notícias e em suas mídias sociais, mas também suspender, provisoriamente, a veiculação do programa Aroeira na Rádio UEL FM (107,9). Uma medida que consideramos exagerada, que se confunde com censura e que se opõe às garantias constitucionais de liberdade de pensamento, de expressão e de acesso à informação, mas que não impedirá que continuemos a produzir esse informativo do mundo sindical.
(Depois de uma semana sem programa, o Aroeira está de volta à Rádio UEL FM; entenda o que aconteceu e as implicações do período eleitoral para a continuidade do informativo sindical – ouça aqui o material que foi ao ar no sábado, dia 16 de julho)
Já em sua quarta temporada, atualmente, o Aroeira é produzido em parceria pela Assuel Sindicato e pelo Sindiprol/Aduel e vai ao ar todos os sábados, a partir das 12h, na Rádio UEL FM (107,9). Nele, trazemos as notícias dos mais diversos sindicatos, dos movimentos sociais de Londrina e região e das lutas dos trabalhadores, em especial de servidoras e servidores públicos do Paraná, visto que os sindicatos representam, respectivamente, técnico-administrativos da UEL e docentes da UEL e da Uenp.
O Aroeira não é um programa que faz campanha eleitoral ou defende a agenda de qualquer candidato, afinal, seguimos uma linha de independência editorial e de defesa e valorização do serviço público, o que passa, obrigatoriamente, pelo servidor público, concursado, com estabilidade e adequadas condições de trabalho. Por isso, denunciamos, há anos, a política de desmonte e precarização do serviço público e de arrocho salarial. A atual defasagem salarial está em 37%, fruto de uma política iniciada ainda no governo Beto Richa e aprofundada agora com Ratinho Jr.
No Aroeira, defendemos a reposição salarial integral, a realização de concursos públicos, o investimento nos serviços públicos e a revogação da LGU. Para continuar a defesa dessas pautas e a denúncia da atual política do governo estadual e de seu congênere federal, durante esse período, começando no próximo sábado (16/07), o programa seguirá sendo produzido pela Assuel Sindicato e pelo Sindiprol/Aduel e veiculado em plataformas digitais, como o Anchor e o Spotify. O link para ouvir o programa também estará nos sites dos dois sindicatos, no Facebook do Coletivo de Sindicados de Londrina e no Portal Verdade. Ouçam, compartilhem e recomendem para todas e todos que querem acompanhar esse informativo do mundo sindical.
Pela reposição salarial integral!
Em defesa do serviço público e de servidoras e servidores!
Abaixo a LGU!
(Acesse a nota em PDF no site)
(Atualizado no dia 18 de julho para incluir o informe sobre o retorno do programa à Rádio UEL FM.)
Em defesa das liberdades democráticas e dos direitos trabalhistas e sociais, diga não ao golpe bolsonarista!
Os últimos anos da história brasileira têm sido marcados por inúmeros retrocessos nos direitos, assim como nas condições de vida da população trabalhadora: retorno da inflação, crescimento vertiginoso do desemprego e da informalidade, arrocho salarial, escalada da fome, entre tantos outros problemas.
Desde fins de 2014, com a retomada da política neoliberal recessiva e, sobretudo, depois de 2016, o país tem retrocedido numa incrível velocidade: Emenda Constitucional 95 (“PEC do fim do mundo”), lei da terceirização, contrarreformas trabalhista e previdenciária, cortes orçamentários em educação e ciência (em 2021, o menor orçamento em duas décadas), desmantelamento das instituições de fiscalização do trabalho (extinção do Ministério do Trabalho) e meio ambiente (queimadas, perseguições a cientistas, desmonte do Ibama, ICM-Bio, Instituto Chico Mendes, reservas florestais e indígenas), dos órgãos de preservação e financiamento da cultura, assim como uma escalada autoritária nos conselhos de decisão sobre educação básica e superior. Inclusive, por serem espaços de livre exercício do pensamento, as universidades públicas foram alçadas à condição de inimigas dos governos, que, assentados em suas ideias negacionistas, desprezam a ciência, a filosofia, as artes e a cultura em geral.
Não bastasse isso, a pandemia da Covid-19 intensificou nossas já enormes mazelas sociais. Embora o SUS tenha tido um papel fundamental para a amenização das consequências da pandemia, o negacionismo instalado no Planalto, em governos estaduais e municipais – e apoiado por uma parcela minoritária, mas significativa da população –, resultou na aposta em tratamentos ineficazes, no descrédito das medidas sanitárias e na falta de políticas públicas nacionais coerentes para combater a propagação do vírus. E, como demonstra a CPI da Covid, em consonância com interesses corruptos, a protelação da compra de vacinas cobrou um preço alto. Como consequência, a doença se alastrou, as mortes foram massivas, a economia piorou. Tudo isso fez do Brasil um dos países cuja população mais sofreu e morreu com a pandemia; sofrimento agravado por resultados econômicos tão ruins ou piores do que as maiores economias do mundo. Enfim, o governo Bolsonaro e seus aliados estaduais e municipais tornaram o Brasil um enorme sepulcro, não apenas de pessoas, mas de civilidade.
O golpe que está sendo orquestrado por forças oficiais e não oficiais para 7 de setembro não tem por finalidade resolver nenhum desses gravíssimos problemas. Ao contrário, silenciando, com sua costumeira hipocrisia, sobre as maracutaias familiares, o acordo com o Centrão, o desmonte das instituições de fiscalização tributária (cerceamento às atividades do COAF), a compra de votos, os orçamentos e gastos secretos e outras malversações, Bolsonaro conta com complacência em seus malfeitos e apoio para difundir sua paranoia sobre a “má-fé” do STF e arregimentar forças sociais – especialmente militares de baixa patente e indivíduos armados de todos os quadrantes sociais, de “pessoas de bem” a milicianos – para tentar instalar uma ditadura civil-militar. Ele não quer, assim, apenas atingir objetivos pessoais e desses segmentos, mas também manter as atenções da população desviadas dos problemas sociais e, por meios autocráticos, silenciar aqueles que se opõem a essa trama antidemocrática e antipopular.
Diante disso, o Sindiprol/Aduel conclama as trabalhadoras e os trabalhadores a se mobilizarem contra a tentativa de golpe de Estado em curso, porque sua consecução significará inequívoca piora nas condições de vida dos trabalhadores e, ainda mais, produzirá um cerceamento às liberdades civis, que, além da negatividade em si disso, tornará muito mais difícil a organização e a luta sindical contra o arrocho salarial e por melhores condições de trabalho.
Só a luta dos trabalhadores pode abrir caminhos e infundir esperanças para a construção de um país mais justo e igualitário.
Contra o retrocesso de direitos!
Contra o aumento da inflação e o arrocho salarial!
Por direitos sociais e liberdades democráticas, diga não ao golpe bolsonarista!
Às ruas!! Diga não ao golpe!!
1º de maio – Dia da Classe Trabalhadora!
1º de maio – Dia da Classe Trabalhadora
Aroeira – 4 de julho de 2020
O Aroeira é um programa de radiojornalismo produzido em parceria pela Assuel e pelo Sindiprol/Aduel e vai ao ar todos os sábados, a partir das 12h, na Rádio UEL FM (107,9). Agora, durante a pandemia da Covid-19 e respeitando o isolamento social, o Aroeira está sendo produzido remotamente e em formato reduzido, mas ainda trazendo o noticiário do mundo sindical.
A edição do dia 4 de julho trouxe entrevistas com um servidor do HU da UEL sobre a luta dos funcionários que estão na linha de frente contra a Covid-19 e outra na qual um juiz do trabalho explica os prejuízos da liminar que acaba com a correção de todas as ações trabalhistas. Além disso, o programa abordou os/as docentes temporários/as das universidades estaduais do Paraná, que, como não são feitos concursos há mais de cinco anos, crescem em número e têm condições cada vez mais precárias de trabalho.
Caso tenha perdido alguma edição ou não possa acompanhá-lo ao vivo na Rádio UEL FM, o programa poderá ser ouvido posteriormente no site da Rádio UEL FM e também estará disponível no Anchor e serviços de streaming como o Spotify.