Pela reposição salarial, docentes da UEL e da Uenp aprovam indicativo de greve para a primeira semana de maio

Em assembleia realizada no dia 11 de abril, segundo dia de paralisação docente das universidades estaduais do Paraná, as e os docentes da UEL aprovaram, com uma única abstenção e nenhum voto contrário, o indicativo de greve para a primeira semana de maio. O primeiro dia de paralisação foi em 15 de março e, dessa segunda vez, todas as categorias docentes cruzaram os braços (UEL, UEM, Unioeste, UEPG, Unicentro, Unespar e Uenp). Confira mais informaçoes sobre a assembleia abaixo.

No caso da Uenp, em assembleia virtual realizada no dia 20 de abril, as e os docentes também aprovaram, por unanimidade, o indicativo de greve para a primeira semana de maio. Assim, a categoria se soma aos docentes de UEL, Unioeste, Unicentro e Unespar, que já aprovaram o indicativo. Na UEM, a assembleia para deliberar sobre ele será na segunda-feira (24).

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Assembleia docente da Uenp de 20/04/23

Em assembleia virtual realizada no dia 20 de abril, as e os docentes da Uenp aprovaram, por unanimidade, o indicativo de greve para a primeira semana de maio. Assim, a categoria se soma aos docentes de UEL, Unioeste, Unicentro e Unespar, que já aprovaram o mesmo indicativo. No caso da UEM, a assembleia para deliberar sobre ele será na segunda-feira (24).

Além do indicativo de greve pela reposição dos 42% de defasagem salarial acumulada nos últimos sete anos, docentes da Uenp apoiam a tramitação e aguardam a proposição oficial do projeto de lei que altera a carreira docente.

Uma próxima assembleia será convocada em breve para deliberar sobre o indicativo de greve aprovado no dia 20 de abril.

Data-base já! 

Reposição salarial integral já! 

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Assembleia docente da UEL de 11/04/23

Sem nenhuma novidade em relação à data-base desde a última assembleia, realizada no dia 5 de abril (confira mais informações aqui), ou seja, permanecendo a pífia proposta de 5,79% para agosto, anunciada sem nenhum tipo de diálogo pelo governador Ratinho Jr., e sem nenhuma proposta de recomposição dos 42% de defasagem salarial acumulados nos últimos sete anos, a resposta enviada pela categoria docente da UEL foi a aprovação do indicativo de greve para a primeira semana do mês de nossa data-base.  

Na assembleia, também foi constituído um comando de mobilização com representantes de todos os nove centros da UEL, de modo a fomentar a categoria docente de maneira mais próxima aos locais de trabalho. 

Acesse a campanha salarial de 2023 do Sindiprol/Aduel: 42% a menos faz muita diferença… DATA-BASE JÁ!   

Carreira docente 

Em relação à carreira docente, foi feito um breve informe sobre o estado da proposta do grupo de apoio da Seti (saiba mais no boletim de semana passada) e deliberado pela realização de uma outra assembleia, na próxima terça-feira (18), cujo ponto de pauta e deliberação será a alteração na carreira docente. A assembleia está marcada para as 14h, mas o local será confirmado e divulgado posteriormente. (Confira as informações sobre a assembleia aqui.)

Data-base já! 

Reposição salarial integral já! 

(Atualizado no dia 20/04/23 para incluir a deliberação da assembleia da Uenp)

2022: mais um ano muito difícil!

O início de 2022 foi marcado pela vacinação em massa, fruto de pesquisas e pressões que venceram o ceticismo e o negacionismo resultando no arrefecimento da pandemia. Com isso, além do retorno às aulas presenciais, tivemos a retomada das atividades sindicais também presenciais, tanto na universidade quanto nos espaços de discussão das direções – sindicatos, Coletivo de Sindicatos de Londrina e Fórum das Entidades Sindicais (FES). 

Essa mudança no cenário da pandemia nos permitiu realizar algumas assembleias, encaminhar algumas lutas em Curitiba – inclusive, com duas grandes mobilizações nas proximidades do Centro Cívico –, que visaram pressionar o governo pela reposição salarial e pelo destravamento das progressões e promoções e, no caso da Seti, para encaminhar mudanças na Lei de Carreira dos agentes universitários e alteração no percentual do Adicional de Titulação (AT). 

No entanto, a dificuldade em intensificar mais a mobilização e sustentá-la por mais tempo – no caso da educação superior, adensada pela fragmentação dos calendários acadêmicos, que preveem aulas e recessos em períodos diferenciados entre as IEES – não nos permitiu obter nenhuma vitória significativa. Como se sabe, a reposição salarial não foi paga, os salários dos agentes universitários tiveram uma reposição média de 4,5% com a alteração da Lei de Carreira, além de melhorar um pouco as condições de progressão e promoção, e a alteração dos AT’s significou uma majoração salarial, em média, de 2,5%. Tudo muito pouco diante das nossas demandas. Porém, mesmo essas mínimas alterações só foram possíveis com a mobilização de rua, o trabalho das direções e, no caso das universidades, principalmente com a ocupação da sede da Seti no final de junho.  

Na organização interna, tivemos altos e baixos: encaminhamos a saída das e dos docentes do campus de Apucarana da Unespar de nossa base sindical – ajudando na unificação da base do Sindunespar –, sediamos o 18º Encontro do Setor das IEES-Imes do Andes-SN, houve pressão do sindicato em defesa de melhores condições de trabalho dos docentes com contratos temporários, realizamos seminários sobre a LGU em alguns centros de estudos e, ao final do ano, fizemos um Congresso do Sindiprol/Aduel que contou com importante participação dos docentes, resultando num documento que brevemente será encaminhado para toda a base. E mais, com objetivo de congregar os docentes e retomar o contato com o sindicato, retomamos uma prática antiga do sindicato e fizemos um almoço que teve avaliação muito positiva pelos participantes, pois, para muitos, foi a primeira atividade verdadeiramente coletiva no pós-pandemia. 

Como principal problema, tivemos a erosão do nosso trabalho de constituição da Aduenp, que terá que ser retomado praticamente do zero. Por ora, no entanto, o nosso maior desafio é construir uma nova diretoria para retomar o trabalho de reorganização que foi bastante afetado pelas condições adversas da conjuntura política e da pandemia.   

No âmbito mais geral, a derrota eleitoral de Bolsonaro deu um freio momentâneo à incrustação fascista no âmbito das instituições do poder executivo federal. No entanto, essa derrota não significa a sua extirpação no plano político-social e nem que o próximo governo terá políticas econômicas que atendam aos interesses fundamentais dos trabalhadores.  

No caso do Paraná e outros estados, a situação é ainda pior, pois, se o bolsonarismo foi derrotado eleitoralmente na eleição residencial, aqui (como em SP, SC, RJ, MG etc.) ele subsiste de modo tão ou mais perverso na administração mercantilizante desse preposto dos grandes empresários que é Ratinho Jr. 

De qualquer modo, naquilo que nos compete de modo mais imediato, o fato é que a defasagem dos nossos salários já alcança algo em torno de 37,5%. Somente muita luta no início do próximo ano para alterar essa situação. Portanto, o objetivo prioritário da luta em 2023 tem que ser a mobilização e a greve unificada do funcionalismo público paranaense pela reposição salarial. 

Saudações sindicais e boas festas a todas e todos! 

Diretoria do Sindiprol/Aduel 

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Nada de novo sob o sol no governo do Paraná: desmonte dos serviços públicos e fisiologismo político marcam a transição de Ratinho Jr. para o novo mandato

No mês de outubro, logo após a vitória na eleição estadual, Ratinho Jr. e seu braço educacional das escolas privadas no governo, o secretário da educação Renato Feder, anunciaram um plano de transferir 27 escolas estaduais para gestão de empresas privadas de educação. Para realizar essa transferência, o governo do estado prevê uma verba de R$ 800 ao mês por aluno. Na prática, isso significa privatizar escolas públicas e, assim, transferir dinheiro público para o enriquecimento privado (para maiores informações, veja o site da APP-Sindicato). 

Por sua vez, nesta semana, saiu uma notícia no blog Politicamente Correto anunciando a intenção do governo estadual em fazer uma reforma administrativa. Um dos pontos dessa reforma seria o aumento do número de secretarias e órgãos de estado. Nas palavras dos jornalistas, “para o Palácio [do Iguaçu], a reforma é necessária, principalmente, após a derrota do presidente Jair Bolsonaro — a quem Ratinho apoiou e contava com alguns espaços no Governo Federal para acomodar alguns aliados mais ligados ao Capitão”. 

Nessa mesma direção, esse ferrenho aliado local de Bolsonaro – agora, um fantasma em Brasília –, numa nova demonstração do fisiologismo que orienta suas práticas políticas, deu aval para que os correligionários do seu partido, o PSD, possam integrar a base de apoio do governo Lula. Portanto, invertendo um lema famoso, parece que a motivação política vigente entre alguns na terra das araucárias é: “Hay Gobierno? Hay dinero? Soy a favor!” 

Em síntese, sob a fachada do discurso moralizante, Ratinho Jr. tem se demonstrado importante aliado dos espúrios interesses privados de empresas e de políticos paranaenses. 

Como sempre, só a luta muda a vida! 

Não à privatização de escolas públicas! 

Não à reforma administrativa! 

Saudações sindicais! 

Diretoria do Sindiprol/Aduel 

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