15 de março: paralisação das universidades estaduais do Paraná pela data-base! Saiba como foi na UEL
Docentes e técnicos da UEL e de outras cinco universidades estaduais do Paraná (UEM, Unioeste, UEPG, Unespar e Unicentro) paralisaram as atividades ontem (quarta, 15), para reivindicar o direito que nós, servidores públicos, temos à reposição salarial integral, ou seja, dos 42% que o governo Ratinho Jr. deve ao funcionalismo público. Sem recomposição total das perdas inflacionárias desde 2016, a situação é como se nós fôssemos pagos por apenas sete meses do ano ou por jornadas de 23 horas, no caso de cargas de 40h/semana.
Confira a nossa campanha salarial de 2023 e a pasta com todos os materiais publicados nas redes sociais
O dia de paralisação na UEL começou com panfletagens em conjunto com a Assuel, às 7h, nas entradas do campus universidade e do CCS. Atividade que também foi realizada à tarde, às 13h. Após as panfletagens da manhã, docentes e técnico-administrativos encheram o Anfiteatro do Cesa para o ato em defesa da data-base, que acabou por volta de 11h30.

Também foi realizada, na parte da tarde, uma atividade com as e os docentes com contrato temporário. E, fechando o dia de paralisação, à noite, dirigentes dos sindicatos de docentes e técnicos das universidades realizaram uma live com o tema “Reposição salarial e defesa das universidades públicas do Paraná”. Ela está disponível no YouTube.
Próximos passos na luta pela reposição salarial integral
Este primeiro dia de paralisação em 2023 surgiu como proposta dos dirigentes de sindicatos de servidoras e servidores de todas as sete universidades estaduais do Paraná e foi aprovado nas assembleias das categorias. A data marca o início da mobilização para reivindicar a reposição salarial integral.
Novas atividades de mobilização e dias de paralisação serão discutidos e organizados junto ao Comando Sindical Docente, aos outros sindicatos das universidades estaduais e ao Fórum das Entidades Sindicais (FES).
Data-base já!
Reposição salarial integral já!
Confira fotos da paralisação de 15 de março na UEL
Nota de repúdio às agressões contra a professora Fernanda de Freitas Mendonça
Panfleto “O que você faria se o seu salário fosse pago, todos os meses, 42% a menos?“
Boletim conjunto dos sindicatos das universidades estaduais do Paraná
Entrevista do presidente do Sindiprol/Aduel, Ronaldo Gaspar, para a CBN Londrina sobre a paralisação
Ratinho mente!! Servidores das universidades acumulam mais de 37% de defasagem salarial e estão há seis anos sem reposição da inflação – 24/06/22
Nota informativa sobre as atividades sindicais em Curitiba nos dias 13 e 14 de junho
Boletim “Ratinho Jr.: descaso absoluto com as universidades e seus funcionários”
Desde que assumiu o seu mandato, Ratinho Jr. tem demonstrado desprezo às e aos servidores públicos estaduais. Em campanha eleitoral, fez a promessa de apresentar um plano para recomposição salarial do funcionalismo. Como governador, produziu o maior arrocho da história recente do Paraná. E isto não ocorreu por imposições externas – como a pandemia –, mas por uma explícita direção política do governo que desmantela os serviços públicos e ataca os servidores. Nada mais. Hoje, o arrocho salarial dos servidores do poder executivo chega a monumentais 32%.
Nos últimos meses, como resultado das mobilizações de policiais que o acuaram nas ruas e em outros lugares públicos, Ratinho Jr., amedrontado, apresentou uma proposta de reestruturação da carreira que, na prática, implica em alguma reposição salarial para segmentos dessa categoria. Porém, uma proposta que camufla perdas históricas.
Para outros servidores, as tentativas de “compensação” parcial ao arrocho apareceram sob a forma de gratificação (educação básica) e auxílio-alimentação (QPPE, Saúde, Polícias etc.). O auxílio-alimentação não entra no cálculo da previdência, e, assim como a gratificação, não será pago aos aposentados e pensionistas. Portanto, com essa política, Ratinho Jr. aprofunda o desmonte do sistema de previdência dos atuais e dos futuros aposentados, rebaixando o valor de seus benefícios.
No caso das universidades, os servidores (docentes e agentes universitários) amargam integralmente o arrocho salarial e a precarização das condições de trabalho, que, com a LGU, resultarão num verdadeiro desmonte das IEES. Eis o “compromisso” que Ratinho Jr., que se apresenta como governador de um “estado moderno”, tem com as universidades e seus funcionários. Não há “modernidade” sem ciência, e são as instituições públicas que produzem quase toda a ciência paranaense.
Enfim, Ratinho Jr. tem demonstrado aos servidores estaduais, de um lado, que não tem qualquer compromisso com as universidades, com a ciência e nem com a isonomia dos servidores públicos. De outro, que somente atende as categorias que o acuam, que o encostam na parede. Por isso, precisamos lembrar de um lema fundamental dos trabalhadores:
Há mobilização e greve sem reposição, mas não há reposição sem mobilização e greve!
A luta é agora! Todos à luta!
Pela reposição salarial integral!
Baixe o boletim em PDF aqui.
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Atualização de quarta-feira (30/03): Ontem (terça, 29/03), as entidades sindicais que representam os agentes universitários e docentes das universidades protocolaram ofícios solicitando uma reunião com o Superintendente da Seti (Superintendência de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior), prof. Aldo Bona, e outra com o Chefe da Casa Civil, João Carlos Ortega, para tratar dos seguintes assuntos: 1. data-base e reposição salarial; 2. tratamento isonômico das categorias pelo governo estadual. Como resultado, uma reunião com o prof. Aldo Bona foi marcada para a próxima terça-feira (05/04), às 13h30, em Curitiba. Continuamos no aguardo do agendamento da reunião com o Chefe da Casa Civil.
Confira a nota informativa completa aqui.
Confira o informe sobre a reunião dos sindicatos com a Seti.
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Confira como foi a audiência pública sobre a LGU e a crise na UEL
Confira como foi a manifestação Data-base já! realizada em Curitiba no dia 16 de março
Data-base – Fórum das Entidades Sindicais (FES) apresenta emenadas aos projetos do governo




