Ratinho Jr. enrola, engana e mantém o arrocho salarial para o funcionalismo público

Apesar da promessa eleitoral, durante a campanha de 2018, de apresentação de um plano de recomposição das perdas já acumuladas no governo Beto Richa, Ratinho Jr. não só manteve como aprofundou o arrocho salarial. Seis anos sem reposição prevista em lei e chegamos a 37% de defasagem salarial. Esta é a situação do funcionalismo público do poder executivo do Paraná. É preciso de organização e mobilização para exigir do governador o respeito ao nosso direito à reposição inflacionária anual! 

Desde que assumiu, o governo só autorizou a instalação de mesas de negociação salarial com o Fórum das Entidades Sindicais (FES) depois de grandes manifestações ou greves. Essa foi a situação tanto em 2019 quanto agora em 2022. Neste ano, foi assim após o 29 de abril (inicialmente prometeu e, posteriormente, descumpriu), como também após a recente paralisação de 21 de junho 

No entanto, desta vez, o governo pediu mais tempo para responder sobre a data-base e, ao final, não apresentou proposta alguma de reposição, mantendo, assim, o arrocho salarial que rói mais de 1/3 dos salários do funcionalismo. Mais ainda, o governo Ratinho Jr. segue recusando até mesmo o pagamento dos 3,39%, que corresponde ao resíduo do acordo de greve de 2015, em relação ao qual já existe decisão judicial indicando a obrigação de pagamento pelo estado.

Ratinho Jr.: o principal responsável pelo arrocho salarial de 37% (Foto: AEN)

Em reunião na última terça-feira (28/06), quando não apresentou qualquer resposta em relação à data-base, o governo prometeu destravar as promoções e progressões de 2021 e 2022 e os quinquênios e anuênios para as categorias que sofreram com o congelamento das carreiras na pandemia. 

Confira a live especial de quarta-feira (29/06) sobre data-base, luta e negociação 

Mudança nas carreiras e incremento no adicional de titulação 

O governo Ratinho Jr. tem usado a estratégia de dividir as categorias para desmobilizar e impor derrotas a elas. Isso ficou explícito em março deste ano, quando ele concedeu um auxílio-alimentação para alguns segmentos do funcionalismo, dentre os quais não estavam os servidores das universidades estaduais. Como reação, sindicatos que os representam solicitaram reuniões com o Superintendente da Seti (Superintendência de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior), prof. Aldo Bona, e outra com o Chefe da Casa Civil, João Carlos Ortega, para tratar da data-base e do tratamento isonômico das categorias.  

Na reunião com a Seti, os representantes sindicais foram surpreendidos com a proposta do superintendente de criação de um grupo de trabalho para reestruturação das carreiras de agentes universitários e docentes. Com ampla maioria governista e a presença de apenas dois representantes das categorias, a participação no grupo se restringiu a evitar alterações nefastas na carreira docente. Apesar de algumas mudanças na carreira dos agentes universitários, deste grupo, para nós, docentes, resultou um parco incremento de 5% nos adicionais de titulação, que, sobre o salário global, representa algo em torno de 2,5%. Parco pois nossa reivindicação era de uma valorização muito maior, com incrementos de 25% nesses percentuais.  

E mais, esse mísero incremento só saiu após o compromisso da superintendência em reduzir os orçamentos das IEES em valor equivalente ao montante do incremento salarial. Portanto, Ratinho quer lançar sobre as costas do funcionalismo não apenas todo o ônus da crise econômica, mas também a precarização das condições materiais e de funcionamento das universidades. Não devemos depositar nenhuma confiança neste governo e suas manobras sorrateiras. 

No fundo, o que o governo fez foi uma manobra para não pagar o que nos deve de fato e de direito. Por isso mesmo, esta migalha não deve tirar de nosso foco a pauta que unificada todo o funcionalismo estadual: a data-base. Como esse governo já provou que só dialoga e recebe os sindicatos com mobilizações e greves, esta é nossa tarefa. Trata-se, então, de discutir o melhor momento. O certo é que este governo só entende a linguagem da força, da pressão das lutas e das ruas.   

Sem lutas, não há conquistas! 

Data-base Já!  

21 de junho – Saiba como foi o ato pela reposição salarial e as panfletagens no campus da UEL

Neste 21 de junho, dia de paralisação estadual pela data-base, milhares de servidoras e servidores estiveram em Curitiba para exigir do governo Ratinho Jr. a reposição integral das perdas salariais. Após a marcha até o Palácio Iguaçu, dirigentes do Fórum das Entidades Sindicais (FES) tiveram uma reunião com representantes do governo. Foi feita uma transmissão ao vivo na sequência com as informações sobre ela: https://fb.watch/dNOTUmenDY/.

22 de junho – Confira como foi a reunião do FES com a Casa Civil

Enquanto isso, a partir das 7h30, foram realizadas panfletagens em dois pontos da UEL, para denunciar a política de Ratinho Jr. de arrocho salarial, que já provocou a perda de 37% do poder de compra do funcionalismo público, e de desmonte do serviço público. O panfleto distribuído pode ser visto aqui.

Data-base já! Pela reposição salarial integral!

Mobilização em defesa dos servidores e dos serviços públicos – 25/05

Na próxima quarta-feira (25/05), será realizada uma atividade de mobilização em defesa de servidoras, servidores e dos serviços públicos, contra o arrocho salarial e pela reposição salarial integral. A partir das 11h, estaremos em frente ao teatro Ouro Verde, no calçadão de Londrina, panfletando, dialogando com a população e denunciando o desmonte dos serviços públicos e a defasagem salarial de 37% imposta ao funcionalismo público por Ratinho Jr. Para quem estiver em Bandeirantes, a mesma atividade será realizada em frente ao GIGA, no campus “Luiz Meneghel” da Uenp, a partir das 10h.

A atividade é resultado da plenária regional do Fórum das Entidades Sindicais (FES), que foi realizada na tarde da última sexta-feira (13), no Centro de Vivência do Sindiprol/Aduel. Todas e todos estão convidados. Juntos somos mais fortes!

Em defesa dos servidores e dos serviços públicos!
Ratinho Jr. já comeu 37% dos nossos salários!
Pela reposição salarial integral já!

Assembleia geral docente e ida a Curitiba no 29 de abril para manifestação pela data-base

Na próxima quarta-feira (27), a partir das 14h, o Sindiprol/Aduel convoca todas e todos os docentes, filiados ou não, para assembleia geral com a seguinte pauta:

1) Informes;
2) Deflagração da paralisação no dia 29 de abril.

Data e horário: quarta-feira (27/04) às 14h (2ª chamada às 14h30)
Local: Anfiteatro Maior do CLCH

Pedimos a todos para que estejam atentos à biossegurança na assembleia: usem máscara e álcool em gel.

————————————————-

29 de abril – Ida a Curitiba para manifestação pela data-base

No dia 29 de abril de 2022, data na qual se completam sete anos do episódio que ficou conhecido como o “Massacre do Centro Cívico”, quando cerca de 200 educadores ficaram feridos durante um protesto contra o então governador Beto Richa (PSDB), servidoras e servidores públicos do Paraná irão a Curitiba se manifestar pela reposição integral das perdas salariais, que, desde 2017, já ultrapassam os 35%.

Em assembleias realizadas no dia 13/04, docentes das universidades estaduais do Paraná deliberaram pela paralisação das atividades no dia 29 de abril, dando um passo importante na luta e na construção da greve unificada dos servidores públicos estaduais.

Todas e todos ao ato em Curitiba no dia 29 de abril!

Pela reposição salarial integral! Data-base já!

Caso tenha interesse e disponibilidade para ir ao ato, preencha o formulário a seguir: https://forms.gle/JBhVsTf9R5nYnVE26

Data-base já! Confira como foi a manifestação do dia 16 de março, em Curitiba

Registro do final da manifestação, em frente ao Palácio Iguaçu

Mesmo com tempo chuvoso e com o governador Ratinho Jr. proibindo o caminhão de som durante a manifestação, servidoras, servidores e integrantes de 17 entidades sindicais de todo o estado estiveram em Curitiba, nessa quarta-feira (16/03), Dia nacional de mobilização dos servidores públicos, para exigir que seu direito à recomposição das perdas salariais seja cumprido. Atualmente, a defasagem já está em mais de 30% e as previsões indicam que ela chegará a mais de 34%, em maio de 2022. Data-base já!  

(Confira mais informações sobre a defasagem salarial no jornal de março de 2022 do Sindiprol/Aduel).

Docentes e técnicos que foram de Londrina para a manifestação

O Sindiprol/Aduel e a Assuel levaram docentes e técnicos para participar da manifestação. A delegação saiu de Londrina à meia-noite e chegou na capital por volta das 8h. Como não foi liberado o uso do carro de som, servidores tiveram que improvisar a organização com caixas de som. As falas de dirigentes sindicais foram transmitidas ao vivo no Facebook do Fórum das Entidades Sindicais (FES). Representando o Sindiprol/Aduel, Ronaldo Gaspar, presidente da seção sindical, falou sobre a necessidade de luta contra o governo Ratinho Jr. e pela reposição salarial integral. A fala dele começa nos 46m45s.  

Na parte da tarde, a partir das 14h, foi realizada uma plenária unificada para discutir e aprovar um calendário de mobilizações e trabalho de base para a defesa dos serviços públicos, pela recomposição salarial de 34% e para a construção de uma greve unificada dos servidores públicos estaduais. 

Também foram aprovados outros encaminhamentos na plenária, entre eles estão a ida de sindicalistas do FES às bases das categorias para conscientizar sobre a luta unificada, a realização de plenárias regionais e a intensificação das “recepções” ao governador Ratinho Jr., com protestos aonde ele for. 

Confira o calendário aprovado na plenária

1. Continuidade do trabalho de base em dias unificados
2. Plenárias regionais
3. Recepções ao governador Ratinho Jr.
4. Indicação de paralisação para o 29 de abril
5. 1º de maio em Foz do Iguaçu
6. Outras atividades 

Pela reposição salarial integral! Data-base já! 

Confira outras imagens do dia 16 de março de 2022: 

Na próxima segunda-feira (22), ato em Curitiba pela reposição salarial

Na próxima segunda-feira (22/11), a partir das 9h, servidoras e servidores públicos estaduais farão um ato pela reposição salarial, na Praça Tiradentes, em Curitiba. Há 6 anos sem reposição salarial, servidores públicos estão com seus salários e suas condições de vida profundamente deteriorados. Desde a última reposição integral da inflação, em janeiro de 2016, que foi um dos resultados da nossa greve de 2015, os salários já perderam 32% do seu valor (saiba mais clicando aqui).

Portanto, conclamamos as e os docentes para participarem desta manifestação. Para isso, o Sindiprol/Aduel vai disponibilizar meios de transporte a todos que se disponibilizarem a participar, respeitando a capacidade e os protocolos de biossegurança.

Para participar, entre em contato pelo (WhatsApp) (43) 3324-3995 ou pelo e-mail comunicacao@sindiproladuel.org.br.

Data e horário: 22/11 (segunda) às 9h
Local: Praça Tiradentes – Curitiba

Contamos com sua participação!
Reposição salarial integral já!
Rumo à construção da greve unificada dos servidores públicos estaduais!

Data-base, LGU e live sobre “Reforma Previdenciária, PL 471/2021 e Previdência Complementar”

Data-base é um direito e vamos continuar lutando!

Nesta sexta-feira (22), o Comando Sindical Docente (CSD) publicou um boletim sobre a data-base, que é um direito de todas e todos servidores públicos. Apesar disso, no Paraná o direito à recomposição salarial vem sendo constantemente descumprido pelos governos e o funcionalismo público já acumula perdas de 30%. Confira o boletim sobre a data-base aqui.

Em defesa dos nossos direitos!
Pelo pagamento da data-base!
Nossa luta será constante!
Junto com você nossos sindicatos são mais fortes!

Reunião do CSD com o deputado estadual Goura (PDT)

Na segunda-feira (18), o CSD havia se reunido com o deputado estadual Goura (PDT), para debater o andamento da Lei Geral das Universidades (LGU) e o Projeto de Lei 471/2021, que institui um regime de previdência complementar para servidoras e servidores, o qual foi aprovado, em primeira votação, na mesma data, na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). Confira mais informações e alguns pontos sobre o porquê de rechaçarmos a LGU aqui.

Não à Lei Geral das Universidades!
Pelo reposição salarial integral!

Na segunda-feira (25), live sobre “Reforma Previdenciária, PL 471/2021 e Previdência Complementar”

Na segunda-feira (25), a partir das 19h, o Comando Sindical Docente (CSD) e a Regional Sul do Andes-Sindicato Nacional promovem uma live com o tema “Reforma Previdenciária, PL 471/2021 e Previdência Complementar”, a fim de debater a situação da previdência pública no Paraná e as implicações do Projeto de Lei 471 para as servidoras e os servidores públicos. Participarão da atividade a Profa. Dra. Sara Granemann (UFRJ) e o Dr. João Luiz Arzeno (assessoria jurídica da Regional Sul do Andes-SN).

A live poderá ser vista no Facebook da Adunioeste ou no YouTube: